Chassi
O coração do carro de Fórmula 1 é o chassi, a estrutura na qual todo o restante está aparafusado e unido. Assim como a maioria dos carros modernos e aeronaves, os carros de corrida contam com uma estrutura conhecida como monocoque (monobloco). Monocoque, termo francês que significa estrutura única, é utilizado para designar estrutura inteiriça de um só material. Já houve um tempo em que o material utilizado era o alumínio. Atualmente, trata-se de um resistente composto de fibras de carbono repuxadas, inseridas em resina ou de uma camada de fibra de carbono sobre uma malha de alumínio. O resultado é um carro leve, capaz de suportar a enorme força vertical descendente produzida pelo seu movimento em alta velocidade.
O monobloco comporta o cockpit (habitáculo), resistente cabine que acomoda um único piloto. Diferente dos carros comuns, que contam com enorme variedade de estruturas, os habitáculos de carros de Fórmula 1 devem respeitar rigorosos regulamentos técnicos. Devem, por exemplo, apresentar exigências de tamanho mínimo e assoalho plano. O banco é desenvolvido para que acomode perfeitamente as medidas do piloto, para que seus movimentos sejam limitados conforme a locomoção do carro na pista.
Motor
Antes de 2006, os carros de Fórmula 1 eram equipados com enormes motores V-10 de 3 litros de cilindrada. A regra mudou para motores V-8 de 2,4 litros. Embora o desempenho tenha caído com a mudança de regra, os motores de carros de Fórmula 1 ainda desenvolvem perto de 900 cv de potência. Para se ter uma idéia, imagine que um Volkswagen Jetta, com motor de 2,5 litros, produz apenas 170 cv. É claro que o motor de um Jetta provavelmente rode até cerca de 150 mil quilômetros. Já o motor de um carro de Fórmula 1 precisa ser refeito após ter rodado cerca de 800 quilômetros. E por quê? Porque para gerar toda essa potência é necessário que o motor trabalhe até 19 mil rotações por minuto. Tanto giro produz uma quantidade imensa de calor e exige muito das peças móveis do motor.
O combustível utilizado para estes motores não é a gasolina comum que encontramos no posto perto de casa, mas é parecido. Pequenas quantidades de componentes não-hidrocarbonetos são permitidas, mas grande parte dos aditivos para aumentar a potência foi completamente banida. De modo geral, as equipes de Fórmula 1 utilizam cerca de 50 misturas de combustíveis diferentes em uma temporada típica, preparadas para pistas e condições específicas. Cada mistura deve ser submetida à FIA, órgão regulamentar esportivo, para a aprovação de sua composição e propriedades físicas.
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