Na configuração top de linha o March vem equipado de fábrica com freios ABS, airbag duplo frontal, ar condicionado, rádio com comandos no volante e conexão Bluetooth para celular, rodas de liga leve aro 15” com acabamento escurecido, computador de bordo, entre outros itens triviais, como desembaçador traseiro e banco do motorista com regulagem de altura. É um belo pacote por um preço razoável.
Fôlego extra
A melhor parte do March SR é o motor 1.6 16V flex capaz de gerar até 111 cv e 15,1 kgfm de torque máximo (seja com etanol ou gasolina, aponta a Nissan). Não é o motor mais potente dessa cilindrada na categoria, mas o desempenho que proporciona ao carro é dos mais convincentes do segmento. Isso acontece pois o compacto japonês é muito leve: essa versão pesa apenas 982 kg, resultando na relação peso/potência de 8,8 kg/cv (vazio). E como se cada cavalo de potência do motor levasse apenas um saco de arroz na cela. Você sente que o carro é leve ao dirigí-lo.
O acerto do câmbio manual de 5 marchas também agrada aos que gostam de dirigir, com encaixes rápidos e precisos, apesar de barulhento, e a direção com assistência elétrica é outra parte positiva do carro, de manejo muito leve e com respostas diretas. Elogios ainda para a suspensão, que mescla bem a maciez para o conforto com a “dureza” esportiva, para maior estabilidade e mesmo assim consegue andar bem boas ruas esburacadas e encarar valetas. Faltou apenas um freio mais moderno para as rodas traseiras, que ainda usam os arcaicos tambores em vez de discos, mais seguros.
Segundo dados da Nissan, o March 1.6 acelera do 0 aos 100 km/h em 9,4 segundos quando abastecido 100% com etanol e alcança até 191 km/h de velocidade máxima, número que o coloca abaixo apenas do Fiat Palio 1.6 na categoria. As cifras de consumo também agradam: o modelo roda em média 11 km/l com etanol e 16 km/l na gasolina, de acordo com dados do fabricante.
Simples, porém prático
O interior do March, apesar de ergonômico e confortável, não esconde a simplicidade do projeto. O painel é todo de plástico, sem combinações de cores ou texturas, e deixa a impressão de ser composto por apenas uma peça. O cluster é de fácil leitura, mas é pobre no design, assim como o formato do console e os revestimentos dos bancos, que não têm nada demais – nesse ponto os concorrentes são mais caprichosos.
A cabine do March também não conta com bom isolamento acústico – se você prestar atenção consegue até ouvir o combustível balançando no tanque – e fica devendo cintos de segurança com ajuste de altura nos bancos da frente. Outra parte que poderia ser melhor é o porta-malas, que comporta meros 265 litros, algo como três malas médias.
A série SR ainda traz um kit de apetrechos visuais, como o aerofólio traseiro o kit de adesivos, mas que poderia ser dispensado. O modelo limpo é mais agradável. No mais, o March, apesar dos pesares, cumpre o que promete sem cobrar valores exagerados. E nesse ponto a Nissan acerta em cheio, pois é isso que o consumidor está procurando.
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